Max Schrappe – O Empresário Gráfico das Américas


MAX SCHRAPPE
(MAX HEINZ GUNTHER SCHRAPPE, 11.12.1932 – 05.09.2021)

Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Max H. G. Schrappe, ex Presidente da Abigraf Nacional e filho de Oscar Schrappe Sobrinho, patrono de nosso Prêmio de Excelência Gráfica.

Família atuante na história do setor gráfico paranaense e de nossas Entidades (Impressora Paranaense)🙏🏻🙏🏻.

Nossos sentimentos aos familiares!

Para a grande maioria das pessoas, era apenas “Seu Max”; para falar com os agentes públicos e defender os interesses da Indústria Gráfica Brasileira, era “Sr. Max Schrappe”; para os filhos, era “Papai”; e seu espírito associativista, sua vontade de fazer diferente e sua visão empreendedora o tornaram o eterno Presidente da ABIGRAF. Era sempre reconhecido por seu legado à frente de todas as entidades da indústria. Não entrava no jogo para perder, não tinha medo de mudar e, com isso, conquistou um exército de admiradores por onde passou.
Era casado e pai de quatro filhos, descendente de uma família que há 4 gerações atua no setor gráfico. Ao longo de sua carreira como industrial, destacam-se a firmeza com que tratava de assuntos que dependem de governos, a habilidade no relacionamento com entidades representativas de trabalhadores e os excelentes resultados obtidos na luta pela privatização dos serviços gráficos desenvolvidos pelo Estado, o que lhe confere o profundo respeito de seus pares no setor e os diversos cargos e títulos recebidos.
Cursou seus estudos universitários na Faculdade Novo Ateneu, na cidade de Curitiba-PR. Nos anos de 1954 e 1955, estagiou na Alemanha, em fábricas de máquinas gráficas. Dominava fluentemente a língua alemã, além de comunicar-se nos idiomas inglês e espanhol.
Enumerar todos os cargos que Max Schrappe ocupou ao longo da sua trajetória não caberia neste boletim, mas, pela importância que tiveram, destacamos os principais.
Schrappe atuou no Conselho Consultivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Em reconhecimento ao seu interesse e luta pelo setor, foi eleito, primeiramente, presidente da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional-SP (1982/86) e, na sequência, presidente do Sindigraf – Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo e da Abigraf Nacional, por várias gestões consecutivas (1986/89, 1989/92, 1992/95, 1995/98 e 1998/2001). O líder industrial exerceu, também por três gestões (1986/89, 1989/92 e 1992/95), a presidência do Conselho Diretor da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, tendo sido Vice-Presidente nas gestões 1995/98 e 1998/2001.
Foi agraciado com o título “America’s Man of the Year 89” pela PAF – Printing Association of Florida – USA, por ter sido o empresário gráfico das Américas que mais se destacou por serviços em prol da indústria gráfica do continente americano.
Em 1989, foi eleito Diretor Executivo do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, tendo sido um dos responsáveis pela área de marketing associativo do DES – Departamento de Expansão Social, órgão que responde pelos serviços de atendimento aos 9.500 associados da entidade. Em 1991, foi designado, pela presidência da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, como Diretor Geral da II FEMPI – Feira de Micro, Pequena e Média Indústria.
Em novembro de 1990, representou o Brasil, como Delegado Empregador do País, na III Reunião Mundial Técnica Tripartite para as Indústrias Gráficas, realizada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça, tendo sido eleito Vice-Presidente Empregador da reunião e assumido a presidência geral na sessão plenária de aprovação das conclusões e encerramento dos trabalhos. O ano de 1990 registrou, ainda, sua posse como Coordenador do Conselho Consultivo para as Áreas Gráfica, de Máquinas e Equipamentos Gráficos e de Papel, Papelão e Celulose do Departamento Regional do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SP.
No ano de 1991, passou a integrar, por convite direto do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, o Grupo 11 das CEC – Comissões Empresariais de Competitividade – no âmbito do Programa de Competitividade Industrial. Assumiu, também, como membro do Conselho Temático Permanente de Relações de Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Por sua intensa participação na comunidade gráfica como empresário, Schrappe foi eleito sucessivamente, nos anos de 1985 a 1995, “Líder Empresarial do Setor Gráfico”, pelo voto direto de todos os empresários brasileiros, no fórum do jornal “Gazeta Mercantil”. Recebeu, também, em 1989 e 1995, o prêmio “Personalidade do Ano” da ANAVE – Associação Nacional dos Homens de Vendas em Papel, Celulose e Derivados, e, em 1995, foi eleito “Personalidade do Ano”, pela Revista “Embanews”.
Em 1993, foi eleito para a 1ª Vice-Presidência da FIESP/CIESP, tendo sido, em 1995, reeleito para a gestão 1995/1998 e exercido, quando necessário, a Presidência da Casa, na representação de seu titular, Dr. Carlos Eduardo Moreira Ferreira. Coordenava substitutivamente as reuniões dos Conselhos de Ação Política (CAP), Jurídico (CONJUR) e Superior de Economia e era normalmente responsável pela recepção às delegações governamentais e empresariais de países estrangeiros que procuram, por meio da FIESP/CIESP, interface com a indústria brasileira.
Em novembro de 1995, participou da cerimônia que homenageou os líderes empresariais eleitos na votação promovida pela revista “Balanço Anual 95/96”, quando recebeu diploma pela importância de sua liderança, em Curitiba-PR. Em dezembro de 1995, foi empossado como Membro do Conselho Deliberativo da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, em São Paulo – SP.
Em fevereiro de 1996, foi eleito e empossado 2º Vice-Presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, em São Paulo – SP, cargo que ocupou até março de 2000, quando assumiu, como Membro do Conselho Representativo, a área de Embalagens de Papel.
Em dezembro de 1997, por ocasião da inauguração do Centro Técnico da ABTG, foi homenageado com a designação de seu nome para o auditório da entidade, em São Paulo – SP.
Em 04 de junho de 1998, assumiu a presidência da FIESP/CIESP, na gestão 1995/1998. Até seu falecimento, foi Vice-presidente e Membro Representante da FIESP – Federação das Indústrias no Estado de São Paulo, junto ao Conselho de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Foi Presidente do Conselho Regional do SENAI-SP, eleito em outubro de 1998, tendo sido, ainda, membro da CATA – Comissão de Apoio Técnico Administrativo do SENAI Nacional.
Em setembro de 1999, lançou seu livro “O Gargalo do Liberalismo”, editado pela Makron Books do Brasil, em que analisa, por meio de 64 dos cerca de 900 artigos de sua autoria publicados pela grande imprensa brasileira no período 1989/99, os fatos políticos e econômicos que marcaram a conjuntura do país na década antecedente.
Em novembro de 1999, foi eleito e empossado como Vice-Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica, tendo sido indicado para Presidente do CIFAG – Círculo Ibero-Americano de Formação em Artes Gráficas, órgão responsável na entidade pelo desenvolvimento da capacitação e aperfeiçoamento técnico de instrutores e profissionais gráficos do continente.
Em novembro de 2001, foi eleito e empossado como Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica.
Só nos resta aqui, portanto, agradecer ao Max, por tudo que nos ensinou e nos deixou como legado, e ratificar nosso compromisso de dar continuidade aos seus ensinamentos, que, sem dúvida nenhuma, tornam o nosso setor muito mais unido e forte.

Sigep: 78 anos preparando e estimulando o empresário gráfico

Julho, mais precisamente o dia primeiro, marca os 78 anos do Sigep (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná). Perto de oito décadas de existência, a entidade simboliza a força e união de empresários gráficos em prol do desenvolvimento do setor. Hoje, ao lado da Abigraf-PR, é o porto seguro que acolhe, prepara e estimula seus associados a superarem os desafios gerais da economia brasileira e os específicos da indústria gráfica.

A entidade foi se fortalecendo com a contribuição de cada uma das 29 diretorias empossadas até hoje e isso, na visão do atual presidente, Edson Benvenho, é o que mais o setor gráfico paranaense pode se orgulhar. “Você olha a história e vê quanto empenho e dedicação cada um dos presidentes e diretores deram, levando-se em conta as condições possíveis para cada época. Não é fácil administrar uma entidade que representa um setor tão essencial para a economia brasileira, pois lidamos com uma série de desafios que extrapolam o dia a dia de nossas empresas. É preciso uma visão global, muito conhecimento e, principalmente, comprometimento para fazer a entidade ser cada vez mais importante na vida dos associados”.

O surgimento do Sigep foi oficializado em 1 de julho de 1943, mas seis anos antes já dava seus primeiros passos. Os registros em uma ata mostram que em 31 de maio de 1937 um grupo de empresários já se reunia para discutir assuntos como tabela de preços e a atração de mais empresas para o grupo. Nessa época, o nome era Sindicato dos Empregadores em Artes Gráficas e Classes Anexas do Paraná, que tinha como presidente Clotário Carvalho Cruz. Esses encontros seguiram até 1943, quando o Ministério do Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio aprovou, em 1 de julho, o estatuto e reconheceu o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná como entidade que representava as indústrias gráficas no estado. O primeiro presidente foi Argonauta Phaetonte Alves, que ficou no cargo até 1952.

Fundador da Fiep

O Sigep já era tão ativo que foi um dos sindicatos fundadores da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), que nasceu em 18 de agosto de 1944 por iniciativa do delegado do Ministério do Trabalho do Paraná, Álvaro Albuquerque. O objetivo era ter uma entidade que representasse todos os sindicatos. E a força do Sigep ficou ainda mais evidente quando um dos seus membros mais ativos, Heitor Stockler de França, foi escolhido como presidente da Fiep, ficando 13 anos seguidos no cargo.

Nos anos 50, sob a presidência de Oscar Schrappe Sobrinho, da Impressora Paranaense, o Sigep se fortaleceu e ganhou reconhecimento como sindicato atuante, principalmente porque evidenciou a sua luta pelos empresários. Em 1 de outubro de 1952, por exemplo, a diretoria firmou um documento em que pedia que o governo não interviesse no setor, o que vinha acontecendo com a criação de gráficas em autarquias. O assunto incomodava também outros estados, tanto que serviu de base para a realização do I Congresso da Indústria Gráfica, em junho de 1965, em São Paulo, o que acabou dando origem à Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica). Mais tarde, regionais da Abigraf foram surgindo por todo o Brasil, inclusive no Paraná, onde a Abigraf-PR foi criada em 4 de março de 1969. Desde então, Sigep e Abigraf-PR vêm atuando juntos nos interesses dos empresários gráficos.

Mais associados

Nos anos 70, um dos focos foi a atração de mais empresas para a base do sindicato, com visitas da diretoria em gráficas de todo o Paraná. Porém, não bastava trazer novos associados, era preciso repassar conhecimento a eles. Assim, surgiram ações como o I Encontro dos Industriais Gráficos do Paraná (maio de 1971), o boletim Opinião Gráfica (criado em dezembro de 1986, que, em 1998, se transformou na Revista Pré.Impressão), o InformAÇÃO – Fórum Paranaense de Tendências para a Indústria Gráfica (em 2001), o Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho (em 2002), entre outras. Além, é claro, do incentivo à participação em diversas feiras e eventos no Paraná e no Brasil, como o Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, que teve três edições no Paraná . O contato com os associados também foi se expandindo por meio das unidades do Sigep criadas pelo interior do Paraná e por meio de cursos e palestras em sua nova sede própria, inaugurada em dezembro de 2002, em Curitiba.

Para Edson Benvenho, o desafio atual é engajar ainda mais os associados. “Antes mesmo da pandemia, já vínhamos nessa missão de trazer o empresário gráfico para mais perto das nossas decisões. A razão de entidades como o Sigep/Abigraf-PR existirem é o quanto elas podem ajudar o empresário a melhorar os seus negócios. Mas não conseguimos fazer isso sozinhos. Até mesmo para mapearmos as demandas precisamos que o associados participem, deem suas opiniões, tragam seus problemas. Os anseios de cada um vão se reverter em soluções a todos. Portanto, aproveito mais este momento de celebração dos 78 anos para convidar todos a participarem do nosso dia a dia. Se ainda não dá para ser presencialmente, que seja por meio de nossas reuniões e eventos online”.

Histórias – Gráfica Kaygangue

Dono de gráfica aos 17 anos de idade, Orlei Roncaglio comanda os 40 anos de sucesso da Kaygangue

Pense aí o que você estava fazendo quando tinha 17 anos: para quem é nascido ou nascida nos anos 40, 50, 60 e 70, não era incomum aos 17 anos dividir o tempo entre estudar e já trabalhar em algum negócio da família ou fazendo uns bicos aqui e ali para conseguir um dinheirinho. Agora, mesmo nessas décadas, pouco se via um adolescente comprando uma empresa com o próprio dinheiro. O adolescente em questão era Orlei Roncaglio, diretor da Gráfica e Editora Kaygangue, de Palmas, que acaba de completar 40 anos de atividades como uma gráfica em pleno crescimento.

A empresa comprada por Orlei, em maio de 1981, era uma pequena tipografia desativada na cidade de Salto do Lontra-PR, que imediatamente após a compra, foi transportada e montada em Mangueirinha-PR. E, se causa surpresa saber que um menino de 17 anos se tornou empresário gráfico, surpreende mais ainda saber que ele já tinha sete anos de experiência no setor. Isso mesmo, aos dez ele já lidava com tipografia em Chopinzinho-PR, sua cidade natal. “Nessa época criança podia trabalhar. Me apaixonei pela profissão, e estou até hoje. Eu fazia de tudo na tipografia. Houve um período em que ficava o dia na empresa, ia para a escola a noite e depois ainda voltava ao trabalho para adiantar tarefas do dia seguinte. E eu gostava muito daquilo”.

Mas é provável que você esteja pensando: “ah, na verdade os pais devem ter comprado a gráfica para ele”. E aí surge outro fato impressionante. O dinheiro para empreender veio da venda de um Fiat 147 que Roncaglio já tinha comprado com o salário que juntou nos anos em que foi funcionário na gráfica Chopim, em Chopinzinho. “Eu também já dirigia quando era adolescente e tinha esse Fiat 147, que era o meu segundo carro, pois tive antes um Chevette. Dei o 147 como minha parte para comprar a gráfica em sociedade com o Sr. Valério Milesi Dalmutt, que ficou uns três anos no negócio. Depois acabei adquirindo a parte dele”.

Nos primeiros anos, a gráfica funcionava em um espaço de 25 metros quadrados, o qual Orlei também usava para dormir(a noite arredava a escrivania para baixar a cama que estava escorada na parede, pela manhã invertia o processo), já que a casa de seus familiares ficava em Chopinzinho. Em 86, ele construiu uma sala com 60 metros quadrados para instalar a Gráfica. Em 90 constriu um prédinho com apartamento em cima, onde morava, e duas salas embaixo, uma para a gráfica, que ocupava 130 metros quadrados, e outra em que funcionava a papelaria.

A essa altura, a veia empreendedora de Roncaglio já pulsava a ponto de fazê-lo avaliar que Mangueirinha não daria conta dos planos de crescimento que traçava para a gráfica. “Como a cidade era pequena, não daria para expandir os trabalhos, por isso comecei a prospectar clientes em Palmas, que contava com mais que o dobro de habitantes. Nessa época, eu já possuía uma offset e conseguia me destacar porque na cidade vizinha só havia tipografia. Em pouco tempo, 65% do meu faturamento já vinham de Palmas e aí se tornou inevitável a mudança da gráfica para lá, o que aconteceu em 94”.

Nessa mudança para Palmas, Roncaglio levou todos os funcionários, na época sete famílias, pois sempre tratou os funcionários como uma família e todos quiseram acompanhar a empresa.

Mudança de rumo

O crescimento da empresa se deu com a aposta em máquinas para impressão de formulários contínuos para produção de nota fiscal, atendendo clientes do  Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e outros estados. Com as vendas em alta, em 2001 a Kaygangue ganhava uma sede própria de 3 mil metros quadrados, onde está até os dias de hoje. Tudo ía muito bem até 2010, quando surgiu a nota fiscal eletrônica, que aniquilou o mercado de notas em formulários contínuos.  Motivo para Orlei desistir de tudo? Que nada. “Tivemos que nos reinventar e decidimos atuar com os segmentos comercial e promocional. Investimos em máquinas de pequeno porte, compradas à vista, e em algumas maiores, financiadas em cinco anos diretamente com os fabricantes internacionais.

A guinada no ramo de atuação deu certo, mas não seria a última. Em 2018, contrariando as tendências de mercado, que apontavam para o declínio do segmento editorial, Orlei passou a investir forte justamente nisso, mantendo ainda o promocional e deixando de lado o comercial. “Ouvíamos todos dizerem que o digital iria tomar o lugar do editorial, mas calculamos todos os riscos e decidimos apostar. Algumas editoras grandes estavam fechando e vislumbramos que haveria mercado para ser atendido em livros, apostilados e revistas em pequenas e médias tiragens. Fizemos investimentos planejados em maquinários, usamos nossa tradição de força de vendas comercial externa e interna e acertamos na veia. Com a pandemia do coronavírus, as pessoas passaram a ficar ainda mais em casa e a lerem mais livro físico, que, segundo pesquisas, teve mais vendas do que os digitais desde o início da pandemia. Isso, lógico, nos favoreceu e acabou impulsionando ainda mais o crescimento da Kaygangue. A decisão de entrar no editorial foi tomada em conjunto por todas as áreas da empresa, com um grande empurrão do meu filho Vinícius Roncaglio, que cuida da área comercial e que se criou praticamente dentro da empresa”.

E Orlei fala com orgulho do filho: “Vinícus fez curso no Senai Theobaldo de Nigris, em São Paulo, onde passou por diversos setores produtivos para aperfeiçoar o que já havia aprendido na empresa e adquirir novos conhecimentos. Hoje como sócio da empresa, nos ajuda nas tomadas de decisões. Sou muito grato e tenho muito orgulho dele”.

Segundo Orlei, o editorial vem contribuindo muito para a empresa superar rapidamente as perdas com a pandemia. Se entre março e junho de 2020 houve queda de mais de 50% no faturamento, a partir de agosto as contas já se equilibraram e a Kaygangue até fechou o ano com aumento nas vendas e no faturamento. “Recuperamos tudo e até melhorou. Todos os meses temos batido as metas. Aproveito para destacar também a força do time comercial e de representantes nos três estados da Região Sul.  Essa rede de vendedores responde por 50% do faturamento total hoje. Claro que tudo isso porque sempre investimos em qualidade e em ótimo atendimento”.

Orlei planeja continuar firme com o editorial, mas já estuda a próxima mudança de rota no mercado. “Estamos investindo em máquinas para acabamento de livros e revistas e vislumbramos que esse segmento ainda vai bem por uns dez anos. Mas já estamos de olho no digital e também em flexografia. Nosso próximo movimento poderá ser nessas áreas”.

Aposentadoria adiada

Força e coragem para novas mudanças não faltam à Orlei. Hoje com 58 anos, já era para ele ter parado e dedicar mais tempo a ele mesmo e à família. O plano era ter diminuído o ritmo de 14 horas de trabalho diário e passado o controle da empresa aos filhos quando chegou aos 50 anos. No entanto, adiou a aposentadoria porque foi justamente nesta época que precisou liderar a transição dos formulários contínuos para os segmentos promocional e comercial.

Mas você pensa que Orlei ficou chateado por não ter conseguido parar ainda? Que nada. “Na verdade eu ainda sinto o mesmo tesão pelo trabalho que tinha aos 17 anos, como comecei no ramo gráfico. Hoje tenho dividido muito a responsabilidade com o filho Vinicius e tentado evitar de ir à empresa no sábado e no domingo, mas no dia a dia da semana no mínimo 12 horas de trabalho são sagradas”.

Nas horas em que não está na Kaygangue, Orlei ainda dedica um tempo às atividades associativistas, como reuniões no Sigep/Abigraf-PR, FIEP, Sicredi e em outras entidades. Nos fins de semana e em datas especiais, ele se permite deixar a preocupação profissional de lado para se dedicar ao que ele chama de terapia, que é cozinhar. O prato preferido é tainha recheada com a ova dela mesma. Se fica bom? Orlei responde. “Os familiares e amigos elogiam e pedem para fazer novamente. É um prato que rompeu as fronteiras de Palmas, já preparei o prato em vários locais, mas sempre pra amigos e conhecidos.

O diretor da Kaygangue diz que não foi porque ele gosta de cozinhar, mas o tema culinária pautou a comemoração dos 40 anos da empresa. “Geralmente fazemos uma grande festa em 1 de maio, com funcionários e familiares. Este ano, por conta da pandemia e para não deixar de comemorar os 40 anos, essa festa foi online. Os funcionários receberam um kit com a receita e os ingredientes para se fazer um risoto de palmito, além de uma garrafa de vinho. Aí marcamos uma live, com apresentação de um vídeo sobre a empresa, e todos puderam mostrar os pratos que tinham feito, cada um do seu jeito, sem regras. Também foram postando nas redes sociais e no grupo de todos os funcionários e diretoria da Kaygangue. Foi uma maneira criativa de envolvermos e agradecermos a todos os colaboradores, que formam essa grande família Kaygangue, e de não deixarmos passar em branco os 40 anos da empresa”.

Kaygangue

46 3263 8777

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:: Cerimônia de Posse da ABIGRAF Nacional ::

Foi realizada em 01 de junho de forma virtual, a Posse da Diretoria da ABIGRAF Nacional para o triênio 2021-2023.

A Cerimônia que foi transmitida da sede da ABIGRAF, em São Paulo, contou com as presenças do Presidente da Diretoria Executiva da ABIGRAF Nacional – Dr. Levi Ceregato, Presidente do Conselho Diretivo -, Sr. Julião Flaves Gaúna, Presidente eleito – Sidney Anversa Victor, do Sr. João Scortecci que assume a partir desta data a Presidencia da ABIGRAF Regional São Paulo e Sr. Wilson dos Santos, Vice Presidente da Regional Ribeirão Preto.

Em um discurso emocionado, o Presidente Levi Ceregato, relembrou a trajetória de dois mandatos à frente da ABIGRAF Nacional, destacando o intenso trabalho realizado em sete anos e os principais desafios enfrentados, que lhe conferiram aprendizado e crescimento. Salientou com alegria os momentos de grandes conquistas e realizações, fazendo menção a todos os que colaboraram para o êxito de sua gestão, com sinceros agradecimentos.

Ao empossar o novo Presidente Sidney Anversa Victor, Levi Ceregato, deu a ele valorosos e sábios conselhos, pautados na experiência de quem já trilhou o “caminho das pedras”. E salientou: “A pessoa carrega a bandeira, mas o que fica é a marca da Abigraf, é a grife.”

Com toda diplomacia que lhe é inerente, Levi Ceregato, passou o legado ao novo presidente, desejando-lhe muito êxito e afirmando seu compromisso em apoiar e contribuir para o sucesso da nova gestão.

O presidente Sidney Anversa Victor emocionou a todos com sua história de vida e trajetória até chegar à ABIGRAF. Sidney Anversa ressaltou: “É um grande desafio assumir a entidade que é a “cara” da Indústria Gráfica no Brasil, tem que saber dividir as coisas entre pessoas, entre os seus diretores, entre a parte política. Tem que dormir pensando na Abigraf, levantar pensando na Abigraf, vestir a camisa da Abigraf, mas conto com toda Diretoria para fazer uma gestão inovadora e tocar esse barco”.

Com entusiasmo e simplicidade que cativa a todos, Sidney Anversa, ainda desafiou os gráficos a descobrirem sua força, que repousa na unidade e para isso usou uma ilustração muito peculiar : Os búfalos e o leão. “Se nos unirmos para nos defender, se usarmos a força que temos em prol de um objetivo comum, nenhum leão irá nos devorar”, concluiu Sidney.

Ao ser empossado como Vice Presidente, Julião Flaves Gaúna, destacou o trabalho das últimas gestões, parabenizando o Dr. Levi Ceregato e agradecendo a todo o sistema operacional da Abigraf Nacional, que não mediram esforços para que todos os associados, no Brasil inteiro, tivessem todas as informações e orientações de relevância para poder desenvolver o seus negócios.

Gaúna relembrou sua trajetória como Presidente do Conselho e afirmou que agora como Vice Presidente seguirá promovendo ações para as melhores práticas do associativismo, tendo sempre o entendimento de cada regional com as suas diferenças e necessidades. “Assim como fomos uma excelente dupla, Levi e Julião, assim será, Sidney e Julião, vamos trabalhar e unir esforços em um só objetivo, pois só assim, poderemos ser fortes e ter ainda mais representatividade, afirmou Gaúna.”

Após homenagens e em clima de festa, foram empossadas a Diretoria Executiva, Diretoria Plenária e o Conselho Fiscal da ABIGRAF Nacional e os empossados tiveram a oportunidade de um breve pronunciamento para apresentação. Todos se demonstraram agradecidos por fazer parte deste novo desafio e mantiveram seu compromisso em apoiar a nova gestão, trazer pautas e demandas objetivas em prol do setor e trabalhar juntos por uma ABIGRAF ainda mais atuante.

A Cerimônia contou com os patrocínios da AFEIGRAF e da EXPOPRINT, consagrada como a maior feira de impressão das Américas e reconhecida mundialmente pela sua qualidade e por se destacar como um espaço para fechamento de negócios. Esses patrocinadores creditaram e investiram mais uma vez nas entidades representativas da indústria da comunicação impressa e consequentemente no desenvolvimento do setor.

Ao final, o presidente eleito, Sidney Anversa Victor, agradeceu a presença de todos e reafirmou que a Abigraf Nacional vai trabalhar ombro a ombro com as suas regionais, e ao lado de outras entidades representativas, se mobilizando e exercitando a responsabilidade que lhe compete como representante de um dos principais setores da cadeia produtiva da comunicação.