:: Cartilha Vote no Impresso 2022 ::

 

Cartilha Vote no Impresso 2022

Votar no Impresso é Prático, Eficiente e Sustentável

Essa é a quarta edição da cartilha “Vote no Impresso”, um projeto da Associação Brasileira da Indústria Gráfica – ABIGRAF Nacional, com o apoio da Abigraf-PR.

Trata-se de um material apartidário e orientativo, elaborado com base na Constituição Federal, na Lei nº 4.737/1965 (Código Eleitoral), na Lei nº 9.504/1997 (normas para as eleições) e Resoluções do TSE, com destaque para as Resoluções nºs 23.610/2019, nº 23.671/2021 e nº 23.674/2021.

Abaixo, você poderá fazer o download da publicação, a qual apresenta dicas preciosas para uma campanha eleitoral de sucesso.

Boa Leitura!

cartilha_vote impresso_A5_2022_PR – web

 

 

:: Comunicado ABIGRAF NACIONAL 061A / 2022 – GFIP – ANISTIADAS INFRAÇÕES E ANULADAS MULTAS POR ATRASO ::

ABIGRAF NACIONAL / COM – 061A / 2022

L14397-2022

– GFIP –
– ANISTIADAS INFRAÇÕES E ANULADAS MULTAS POR ATRASO –

A Lei nº 14.397 / 2022 (DOU EXTRA – 08.JUL.2022), em anexo, anistia infrações e anula multas por atraso na entrega da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social – GFIP referentes a fatos geradores ocorridos até 08.JUL.2022:

a) constituído ou não o crédito;
b) inscrito ou não em dívida ativa.

Tal anistia/anulação:

a) aplica-se exclusivamente aos casos em que tenha sido apresentada a GFIP com informações e sem fato gerador de recolhimento do FGTS; e

b) não implica restituição ou compensação de quantias pagas.

Eventuais dúvidas poderão ser esclarecidas através do e-mail dejur@abigraf.org.br.

JUNTOS SOMOS MAIS FORTES!

São Paulo, 12 de julho de 2022.

:: Cobertura Completa do 18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho ::

18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho ratificou a força da “reinvenção”

Depois de dois anos, o setor gráfico paranaense esteve em festa novamente com a cerimônia de entrega dos troféus do 18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, realizada no último dia 24 de junho, no Santa Mônica Clube de Campo, em Colombo, região de Curitiba. Em uma festa com cerca de 300 participantes, foram premiadas 18 empresas, que concorreram em 69 categorias. O prêmio ratificou uma máxima que vem acompanhando a indústria gráfica nos últimos anos: empresas que se reinventam constantemente superam melhor as adversidades, como a pandemia do coronavírus. Não por acaso, as cinco maiores ganhadoras de troféus dessa edição têm em comum investimentos recentes em equipamentos e em novas tecnologias com objetivo de se diferenciarem no mercado.

Midiograf, com 12 troféus, Grupo Corgraf, também com 12 (Corgraf 11 e Flink Print 1), Belton (10), Malires (10) e Grupo Hellograf com 7 troféus (Hellograf 6 e Hello-Graf 1), foram os maiores vencedores. “São empresas que investem muito, que fazem diferente e que buscam a inovação, o que acaba refletindo diretamente na qualidade do que oferecem ao mercado. Consequentemente, aumentam as chances de terem o reconhecimento disso em forma de troféus no Prêmio Oscar Schrappe”, avaliou Edson Benvenho, presidente do Sigep/Abigraf-PR (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná e Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf Regional Paraná), entidades organizadoras da premiação.

Benvenho fala com propriedade porque é diretor da Midiograf, que, pela primeira vez, alcançou 12 conquistas na mesma edição. “Desde 2012 estamos investindo pesado em equipamentos e em melhorias na gestão da empresa. Em 2019, buscamos equipamentos para área de embalagem. Com a pandemia, os produtos neste segmento fizeram a diferença para manter a Midiograf forte. Inclusive, três dos troféus que ganhamos no Prêmio Oscar Schrappe foram em categorias de embalagens”.

Filosofia de inovação

Para o diretor da Corgraf, Andre Linares, a filosofia de inovação e reinvenção da empresa foi a responsável pela pandemia praticamente não ter impactado os resultados da gráfica. “Sempre procuramos nos reinventar e, com isso, vínhamos agregando aos poucos a cartonagem ao portfólio. Quando surgiu a pandemia, percebemos rápido o crescimento que essa área iria ter e intensificamos os processos de produção e venda. O resultado é que em 2020, em plena pandemia, crescemos 33% por conta da cartonagem, já que o segmento promocional estava muito parado. Agora vislumbramos que a cartonagem será, em pouco tempo, responsável pela maior parte do faturamento da Corgraf”.

Na Malires, o “olhar diferente” para os produtos vem sendo, na opinião do diretor Wagner Linares, o propulsor do crescimento no mercado e dos bons resultados no Prêmio Oscar Schrappe Sobrinho. “Trabalhamos muito forte com os clientes o desenvolvimento de materiais impressos com alto valor agregado e com acabamentos especiais, sempre buscando um olhar diferente para valorizar os produtos. Isso nos deu, por exemplo, troféu na categoria rótulos em autoadesivo com efeitos especiais, que conseguimos produzir por conta dos investimentos que fizemos em equipamentos em 2019 e em 2020”.

A reinvenção foi a responsável pela manutenção da saúde financeira da Belton nos últimos dois anos. Com a maioria dos clientes ligada a eventos, como congressos, o diretor Luciano Szurmiak viu os pedidos minguarem a quase zero com a pandemia. “Sem clientes e com prestação de máquina para pagar, nos reinventamos e passamos a produzir face shields, que venderam muito como aliadas na proteção ao coronavírus. Isso nos salvou e mostrou que sempre há uma oportunidade na crise. E o melhor ainda é que esse produto nos rendeu o troféu no Prêmio Oscar Schrappe como inovação e complexidade”.

As oportunidades do período pandêmico também foram aproveitadas na Hellograf. O diretor Abilio de Oliveira Santana afirmou que os investimentos recentes em equipamentos para embalagem permitiram à empresa atender clientes que viram disparar os pedidos de delivery. “Uma das nossas reinvenções recentes foi ingressar de forma mais forte no mercado de embalagens e isso trouxe resultados significativos na pandemia no atendimento aos deliveries. Também temos atuado intensivamente no nicho de produtos com alto valor agregado em pequenas tiragens, como catálogos imobiliários, que nos dá margens de lucro maiores”.

Indústria em transformação

Para o vice-presidente da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna, o resultado do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho mostra que as empresas estão antenadas com os movimentos do mercado. “A indústria gráfica vive o tempo todo em transformação, o que exige que as gráficas acompanhem esses movimentos, buscando inovação e diferenciação. A pandemia acelerou essa necessidade de transformação. Desta forma, as gráficas que fizeram a lição de casa e se prepararam estão conseguindo se manter fortes e ativas”.

Também foram premiadas as empresas Ótima (3 troféus), DeltaE (3), Quimagraf (3), Agfa (2), Inventário Papéis Especiais (1), Lisegraff (1), Rio Branco Papéis (1), Sun Chemical (1), Teletoner (1), WG (1) e Zênite Sistemas (1).

Confira as fotos: Crédito Fernando Fortes Zanon

VENCEDORES :: 18º PRÊMIO PARANAENSE DE EXCELÊNCIA GRÁFICA OSCAR SCHRAPPE SOBRINHO

Parabenizando todos os vencedores do 18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho encaminhamos relação contendo todos os ganhadores por categoria.

Tão logo disponibilizaremos as fotos oficiais do evento.

Agradecemos os participantes e ficamos à disposição para esclarecimentos suplementares julgados necessários.

Atenciosamente,

Edson Benvenho
PRESIDENTE
SIGEP/ABIGRAF-PR
41 99242.8595 | 41 3253.7172

marketing@sigep.org.br
R. Augusto Severo, 1050, Alto da Glória | Curitiba-PR | CEP: 80030-240
www.sigep.org.br | facebook.com/sigepabigrafpr | instagram.com/abigrafprVENCEDORES 2022

SINDICATO DAS INDÚSTRIAS GRÁFICAS DO ESTADO DO PARANÁ
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DA INDÚSTRIA GRÁFICA ABIGRAF REGIONAL PARANÁ

Vêm aí o Curso: Aplicação do Planejamento e Controle da Produção!

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⏺️ SENSIBILIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA QUALIDADE (2h): Conceitos de qualidade; Dimensões da qualidade; Otimizações de tempo e insumos; Excelência gráfica no processo.
⏺️ SENSIBILIZAÇÃO E MOTIVAÇÃO PARA QUALIDADE (2h): Conceitos de qualidade; Dimensões da qualidade; Otimizações de tempo e insumos; Excelência gráfica no processo.
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e-mail: marketing@sigep.org.br / sigep@sigep.org.br

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Max Schrappe – O Empresário Gráfico das Américas


MAX SCHRAPPE
(MAX HEINZ GUNTHER SCHRAPPE, 11.12.1932 – 05.09.2021)

Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Max H. G. Schrappe, ex Presidente da Abigraf Nacional e filho de Oscar Schrappe Sobrinho, patrono de nosso Prêmio de Excelência Gráfica.

Família atuante na história do setor gráfico paranaense e de nossas Entidades (Impressora Paranaense)🙏🏻🙏🏻.

Nossos sentimentos aos familiares!

Para a grande maioria das pessoas, era apenas “Seu Max”; para falar com os agentes públicos e defender os interesses da Indústria Gráfica Brasileira, era “Sr. Max Schrappe”; para os filhos, era “Papai”; e seu espírito associativista, sua vontade de fazer diferente e sua visão empreendedora o tornaram o eterno Presidente da ABIGRAF. Era sempre reconhecido por seu legado à frente de todas as entidades da indústria. Não entrava no jogo para perder, não tinha medo de mudar e, com isso, conquistou um exército de admiradores por onde passou.
Era casado e pai de quatro filhos, descendente de uma família que há 4 gerações atua no setor gráfico. Ao longo de sua carreira como industrial, destacam-se a firmeza com que tratava de assuntos que dependem de governos, a habilidade no relacionamento com entidades representativas de trabalhadores e os excelentes resultados obtidos na luta pela privatização dos serviços gráficos desenvolvidos pelo Estado, o que lhe confere o profundo respeito de seus pares no setor e os diversos cargos e títulos recebidos.
Cursou seus estudos universitários na Faculdade Novo Ateneu, na cidade de Curitiba-PR. Nos anos de 1954 e 1955, estagiou na Alemanha, em fábricas de máquinas gráficas. Dominava fluentemente a língua alemã, além de comunicar-se nos idiomas inglês e espanhol.
Enumerar todos os cargos que Max Schrappe ocupou ao longo da sua trajetória não caberia neste boletim, mas, pela importância que tiveram, destacamos os principais.
Schrappe atuou no Conselho Consultivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Em reconhecimento ao seu interesse e luta pelo setor, foi eleito, primeiramente, presidente da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional-SP (1982/86) e, na sequência, presidente do Sindigraf – Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo e da Abigraf Nacional, por várias gestões consecutivas (1986/89, 1989/92, 1992/95, 1995/98 e 1998/2001). O líder industrial exerceu, também por três gestões (1986/89, 1989/92 e 1992/95), a presidência do Conselho Diretor da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, tendo sido Vice-Presidente nas gestões 1995/98 e 1998/2001.
Foi agraciado com o título “America’s Man of the Year 89” pela PAF – Printing Association of Florida – USA, por ter sido o empresário gráfico das Américas que mais se destacou por serviços em prol da indústria gráfica do continente americano.
Em 1989, foi eleito Diretor Executivo do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, tendo sido um dos responsáveis pela área de marketing associativo do DES – Departamento de Expansão Social, órgão que responde pelos serviços de atendimento aos 9.500 associados da entidade. Em 1991, foi designado, pela presidência da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, como Diretor Geral da II FEMPI – Feira de Micro, Pequena e Média Indústria.
Em novembro de 1990, representou o Brasil, como Delegado Empregador do País, na III Reunião Mundial Técnica Tripartite para as Indústrias Gráficas, realizada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça, tendo sido eleito Vice-Presidente Empregador da reunião e assumido a presidência geral na sessão plenária de aprovação das conclusões e encerramento dos trabalhos. O ano de 1990 registrou, ainda, sua posse como Coordenador do Conselho Consultivo para as Áreas Gráfica, de Máquinas e Equipamentos Gráficos e de Papel, Papelão e Celulose do Departamento Regional do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SP.
No ano de 1991, passou a integrar, por convite direto do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, o Grupo 11 das CEC – Comissões Empresariais de Competitividade – no âmbito do Programa de Competitividade Industrial. Assumiu, também, como membro do Conselho Temático Permanente de Relações de Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Por sua intensa participação na comunidade gráfica como empresário, Schrappe foi eleito sucessivamente, nos anos de 1985 a 1995, “Líder Empresarial do Setor Gráfico”, pelo voto direto de todos os empresários brasileiros, no fórum do jornal “Gazeta Mercantil”. Recebeu, também, em 1989 e 1995, o prêmio “Personalidade do Ano” da ANAVE – Associação Nacional dos Homens de Vendas em Papel, Celulose e Derivados, e, em 1995, foi eleito “Personalidade do Ano”, pela Revista “Embanews”.
Em 1993, foi eleito para a 1ª Vice-Presidência da FIESP/CIESP, tendo sido, em 1995, reeleito para a gestão 1995/1998 e exercido, quando necessário, a Presidência da Casa, na representação de seu titular, Dr. Carlos Eduardo Moreira Ferreira. Coordenava substitutivamente as reuniões dos Conselhos de Ação Política (CAP), Jurídico (CONJUR) e Superior de Economia e era normalmente responsável pela recepção às delegações governamentais e empresariais de países estrangeiros que procuram, por meio da FIESP/CIESP, interface com a indústria brasileira.
Em novembro de 1995, participou da cerimônia que homenageou os líderes empresariais eleitos na votação promovida pela revista “Balanço Anual 95/96”, quando recebeu diploma pela importância de sua liderança, em Curitiba-PR. Em dezembro de 1995, foi empossado como Membro do Conselho Deliberativo da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, em São Paulo – SP.
Em fevereiro de 1996, foi eleito e empossado 2º Vice-Presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, em São Paulo – SP, cargo que ocupou até março de 2000, quando assumiu, como Membro do Conselho Representativo, a área de Embalagens de Papel.
Em dezembro de 1997, por ocasião da inauguração do Centro Técnico da ABTG, foi homenageado com a designação de seu nome para o auditório da entidade, em São Paulo – SP.
Em 04 de junho de 1998, assumiu a presidência da FIESP/CIESP, na gestão 1995/1998. Até seu falecimento, foi Vice-presidente e Membro Representante da FIESP – Federação das Indústrias no Estado de São Paulo, junto ao Conselho de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Foi Presidente do Conselho Regional do SENAI-SP, eleito em outubro de 1998, tendo sido, ainda, membro da CATA – Comissão de Apoio Técnico Administrativo do SENAI Nacional.
Em setembro de 1999, lançou seu livro “O Gargalo do Liberalismo”, editado pela Makron Books do Brasil, em que analisa, por meio de 64 dos cerca de 900 artigos de sua autoria publicados pela grande imprensa brasileira no período 1989/99, os fatos políticos e econômicos que marcaram a conjuntura do país na década antecedente.
Em novembro de 1999, foi eleito e empossado como Vice-Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica, tendo sido indicado para Presidente do CIFAG – Círculo Ibero-Americano de Formação em Artes Gráficas, órgão responsável na entidade pelo desenvolvimento da capacitação e aperfeiçoamento técnico de instrutores e profissionais gráficos do continente.
Em novembro de 2001, foi eleito e empossado como Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica.
Só nos resta aqui, portanto, agradecer ao Max, por tudo que nos ensinou e nos deixou como legado, e ratificar nosso compromisso de dar continuidade aos seus ensinamentos, que, sem dúvida nenhuma, tornam o nosso setor muito mais unido e forte.

Sigep: 78 anos preparando e estimulando o empresário gráfico

Julho, mais precisamente o dia primeiro, marca os 78 anos do Sigep (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná). Perto de oito décadas de existência, a entidade simboliza a força e união de empresários gráficos em prol do desenvolvimento do setor. Hoje, ao lado da Abigraf-PR, é o porto seguro que acolhe, prepara e estimula seus associados a superarem os desafios gerais da economia brasileira e os específicos da indústria gráfica.

A entidade foi se fortalecendo com a contribuição de cada uma das 29 diretorias empossadas até hoje e isso, na visão do atual presidente, Edson Benvenho, é o que mais o setor gráfico paranaense pode se orgulhar. “Você olha a história e vê quanto empenho e dedicação cada um dos presidentes e diretores deram, levando-se em conta as condições possíveis para cada época. Não é fácil administrar uma entidade que representa um setor tão essencial para a economia brasileira, pois lidamos com uma série de desafios que extrapolam o dia a dia de nossas empresas. É preciso uma visão global, muito conhecimento e, principalmente, comprometimento para fazer a entidade ser cada vez mais importante na vida dos associados”.

O surgimento do Sigep foi oficializado em 1 de julho de 1943, mas seis anos antes já dava seus primeiros passos. Os registros em uma ata mostram que em 31 de maio de 1937 um grupo de empresários já se reunia para discutir assuntos como tabela de preços e a atração de mais empresas para o grupo. Nessa época, o nome era Sindicato dos Empregadores em Artes Gráficas e Classes Anexas do Paraná, que tinha como presidente Clotário Carvalho Cruz. Esses encontros seguiram até 1943, quando o Ministério do Estado dos Negócios do Trabalho, Indústria e Comércio aprovou, em 1 de julho, o estatuto e reconheceu o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado do Paraná como entidade que representava as indústrias gráficas no estado. O primeiro presidente foi Argonauta Phaetonte Alves, que ficou no cargo até 1952.

Fundador da Fiep

O Sigep já era tão ativo que foi um dos sindicatos fundadores da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), que nasceu em 18 de agosto de 1944 por iniciativa do delegado do Ministério do Trabalho do Paraná, Álvaro Albuquerque. O objetivo era ter uma entidade que representasse todos os sindicatos. E a força do Sigep ficou ainda mais evidente quando um dos seus membros mais ativos, Heitor Stockler de França, foi escolhido como presidente da Fiep, ficando 13 anos seguidos no cargo.

Nos anos 50, sob a presidência de Oscar Schrappe Sobrinho, da Impressora Paranaense, o Sigep se fortaleceu e ganhou reconhecimento como sindicato atuante, principalmente porque evidenciou a sua luta pelos empresários. Em 1 de outubro de 1952, por exemplo, a diretoria firmou um documento em que pedia que o governo não interviesse no setor, o que vinha acontecendo com a criação de gráficas em autarquias. O assunto incomodava também outros estados, tanto que serviu de base para a realização do I Congresso da Indústria Gráfica, em junho de 1965, em São Paulo, o que acabou dando origem à Abigraf (Associação Brasileira da Indústria Gráfica). Mais tarde, regionais da Abigraf foram surgindo por todo o Brasil, inclusive no Paraná, onde a Abigraf-PR foi criada em 4 de março de 1969. Desde então, Sigep e Abigraf-PR vêm atuando juntos nos interesses dos empresários gráficos.

Mais associados

Nos anos 70, um dos focos foi a atração de mais empresas para a base do sindicato, com visitas da diretoria em gráficas de todo o Paraná. Porém, não bastava trazer novos associados, era preciso repassar conhecimento a eles. Assim, surgiram ações como o I Encontro dos Industriais Gráficos do Paraná (maio de 1971), o boletim Opinião Gráfica (criado em dezembro de 1986, que, em 1998, se transformou na Revista Pré.Impressão), o InformAÇÃO – Fórum Paranaense de Tendências para a Indústria Gráfica (em 2001), o Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho (em 2002), entre outras. Além, é claro, do incentivo à participação em diversas feiras e eventos no Paraná e no Brasil, como o Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica, que teve três edições no Paraná . O contato com os associados também foi se expandindo por meio das unidades do Sigep criadas pelo interior do Paraná e por meio de cursos e palestras em sua nova sede própria, inaugurada em dezembro de 2002, em Curitiba.

Para Edson Benvenho, o desafio atual é engajar ainda mais os associados. “Antes mesmo da pandemia, já vínhamos nessa missão de trazer o empresário gráfico para mais perto das nossas decisões. A razão de entidades como o Sigep/Abigraf-PR existirem é o quanto elas podem ajudar o empresário a melhorar os seus negócios. Mas não conseguimos fazer isso sozinhos. Até mesmo para mapearmos as demandas precisamos que o associados participem, deem suas opiniões, tragam seus problemas. Os anseios de cada um vão se reverter em soluções a todos. Portanto, aproveito mais este momento de celebração dos 78 anos para convidar todos a participarem do nosso dia a dia. Se ainda não dá para ser presencialmente, que seja por meio de nossas reuniões e eventos online”.

Histórias – Gráfica Kaygangue

Dono de gráfica aos 17 anos de idade, Orlei Roncaglio comanda os 40 anos de sucesso da Kaygangue

Pense aí o que você estava fazendo quando tinha 17 anos: para quem é nascido ou nascida nos anos 40, 50, 60 e 70, não era incomum aos 17 anos dividir o tempo entre estudar e já trabalhar em algum negócio da família ou fazendo uns bicos aqui e ali para conseguir um dinheirinho. Agora, mesmo nessas décadas, pouco se via um adolescente comprando uma empresa com o próprio dinheiro. O adolescente em questão era Orlei Roncaglio, diretor da Gráfica e Editora Kaygangue, de Palmas, que acaba de completar 40 anos de atividades como uma gráfica em pleno crescimento.

A empresa comprada por Orlei, em maio de 1981, era uma pequena tipografia desativada na cidade de Salto do Lontra-PR, que imediatamente após a compra, foi transportada e montada em Mangueirinha-PR. E, se causa surpresa saber que um menino de 17 anos se tornou empresário gráfico, surpreende mais ainda saber que ele já tinha sete anos de experiência no setor. Isso mesmo, aos dez ele já lidava com tipografia em Chopinzinho-PR, sua cidade natal. “Nessa época criança podia trabalhar. Me apaixonei pela profissão, e estou até hoje. Eu fazia de tudo na tipografia. Houve um período em que ficava o dia na empresa, ia para a escola a noite e depois ainda voltava ao trabalho para adiantar tarefas do dia seguinte. E eu gostava muito daquilo”.

Mas é provável que você esteja pensando: “ah, na verdade os pais devem ter comprado a gráfica para ele”. E aí surge outro fato impressionante. O dinheiro para empreender veio da venda de um Fiat 147 que Roncaglio já tinha comprado com o salário que juntou nos anos em que foi funcionário na gráfica Chopim, em Chopinzinho. “Eu também já dirigia quando era adolescente e tinha esse Fiat 147, que era o meu segundo carro, pois tive antes um Chevette. Dei o 147 como minha parte para comprar a gráfica em sociedade com o Sr. Valério Milesi Dalmutt, que ficou uns três anos no negócio. Depois acabei adquirindo a parte dele”.

Nos primeiros anos, a gráfica funcionava em um espaço de 25 metros quadrados, o qual Orlei também usava para dormir(a noite arredava a escrivania para baixar a cama que estava escorada na parede, pela manhã invertia o processo), já que a casa de seus familiares ficava em Chopinzinho. Em 86, ele construiu uma sala com 60 metros quadrados para instalar a Gráfica. Em 90 constriu um prédinho com apartamento em cima, onde morava, e duas salas embaixo, uma para a gráfica, que ocupava 130 metros quadrados, e outra em que funcionava a papelaria.

A essa altura, a veia empreendedora de Roncaglio já pulsava a ponto de fazê-lo avaliar que Mangueirinha não daria conta dos planos de crescimento que traçava para a gráfica. “Como a cidade era pequena, não daria para expandir os trabalhos, por isso comecei a prospectar clientes em Palmas, que contava com mais que o dobro de habitantes. Nessa época, eu já possuía uma offset e conseguia me destacar porque na cidade vizinha só havia tipografia. Em pouco tempo, 65% do meu faturamento já vinham de Palmas e aí se tornou inevitável a mudança da gráfica para lá, o que aconteceu em 94”.

Nessa mudança para Palmas, Roncaglio levou todos os funcionários, na época sete famílias, pois sempre tratou os funcionários como uma família e todos quiseram acompanhar a empresa.

Mudança de rumo

O crescimento da empresa se deu com a aposta em máquinas para impressão de formulários contínuos para produção de nota fiscal, atendendo clientes do  Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e outros estados. Com as vendas em alta, em 2001 a Kaygangue ganhava uma sede própria de 3 mil metros quadrados, onde está até os dias de hoje. Tudo ía muito bem até 2010, quando surgiu a nota fiscal eletrônica, que aniquilou o mercado de notas em formulários contínuos.  Motivo para Orlei desistir de tudo? Que nada. “Tivemos que nos reinventar e decidimos atuar com os segmentos comercial e promocional. Investimos em máquinas de pequeno porte, compradas à vista, e em algumas maiores, financiadas em cinco anos diretamente com os fabricantes internacionais.

A guinada no ramo de atuação deu certo, mas não seria a última. Em 2018, contrariando as tendências de mercado, que apontavam para o declínio do segmento editorial, Orlei passou a investir forte justamente nisso, mantendo ainda o promocional e deixando de lado o comercial. “Ouvíamos todos dizerem que o digital iria tomar o lugar do editorial, mas calculamos todos os riscos e decidimos apostar. Algumas editoras grandes estavam fechando e vislumbramos que haveria mercado para ser atendido em livros, apostilados e revistas em pequenas e médias tiragens. Fizemos investimentos planejados em maquinários, usamos nossa tradição de força de vendas comercial externa e interna e acertamos na veia. Com a pandemia do coronavírus, as pessoas passaram a ficar ainda mais em casa e a lerem mais livro físico, que, segundo pesquisas, teve mais vendas do que os digitais desde o início da pandemia. Isso, lógico, nos favoreceu e acabou impulsionando ainda mais o crescimento da Kaygangue. A decisão de entrar no editorial foi tomada em conjunto por todas as áreas da empresa, com um grande empurrão do meu filho Vinícius Roncaglio, que cuida da área comercial e que se criou praticamente dentro da empresa”.

E Orlei fala com orgulho do filho: “Vinícus fez curso no Senai Theobaldo de Nigris, em São Paulo, onde passou por diversos setores produtivos para aperfeiçoar o que já havia aprendido na empresa e adquirir novos conhecimentos. Hoje como sócio da empresa, nos ajuda nas tomadas de decisões. Sou muito grato e tenho muito orgulho dele”.

Segundo Orlei, o editorial vem contribuindo muito para a empresa superar rapidamente as perdas com a pandemia. Se entre março e junho de 2020 houve queda de mais de 50% no faturamento, a partir de agosto as contas já se equilibraram e a Kaygangue até fechou o ano com aumento nas vendas e no faturamento. “Recuperamos tudo e até melhorou. Todos os meses temos batido as metas. Aproveito para destacar também a força do time comercial e de representantes nos três estados da Região Sul.  Essa rede de vendedores responde por 50% do faturamento total hoje. Claro que tudo isso porque sempre investimos em qualidade e em ótimo atendimento”.

Orlei planeja continuar firme com o editorial, mas já estuda a próxima mudança de rota no mercado. “Estamos investindo em máquinas para acabamento de livros e revistas e vislumbramos que esse segmento ainda vai bem por uns dez anos. Mas já estamos de olho no digital e também em flexografia. Nosso próximo movimento poderá ser nessas áreas”.

Aposentadoria adiada

Força e coragem para novas mudanças não faltam à Orlei. Hoje com 58 anos, já era para ele ter parado e dedicar mais tempo a ele mesmo e à família. O plano era ter diminuído o ritmo de 14 horas de trabalho diário e passado o controle da empresa aos filhos quando chegou aos 50 anos. No entanto, adiou a aposentadoria porque foi justamente nesta época que precisou liderar a transição dos formulários contínuos para os segmentos promocional e comercial.

Mas você pensa que Orlei ficou chateado por não ter conseguido parar ainda? Que nada. “Na verdade eu ainda sinto o mesmo tesão pelo trabalho que tinha aos 17 anos, como comecei no ramo gráfico. Hoje tenho dividido muito a responsabilidade com o filho Vinicius e tentado evitar de ir à empresa no sábado e no domingo, mas no dia a dia da semana no mínimo 12 horas de trabalho são sagradas”.

Nas horas em que não está na Kaygangue, Orlei ainda dedica um tempo às atividades associativistas, como reuniões no Sigep/Abigraf-PR, FIEP, Sicredi e em outras entidades. Nos fins de semana e em datas especiais, ele se permite deixar a preocupação profissional de lado para se dedicar ao que ele chama de terapia, que é cozinhar. O prato preferido é tainha recheada com a ova dela mesma. Se fica bom? Orlei responde. “Os familiares e amigos elogiam e pedem para fazer novamente. É um prato que rompeu as fronteiras de Palmas, já preparei o prato em vários locais, mas sempre pra amigos e conhecidos.

O diretor da Kaygangue diz que não foi porque ele gosta de cozinhar, mas o tema culinária pautou a comemoração dos 40 anos da empresa. “Geralmente fazemos uma grande festa em 1 de maio, com funcionários e familiares. Este ano, por conta da pandemia e para não deixar de comemorar os 40 anos, essa festa foi online. Os funcionários receberam um kit com a receita e os ingredientes para se fazer um risoto de palmito, além de uma garrafa de vinho. Aí marcamos uma live, com apresentação de um vídeo sobre a empresa, e todos puderam mostrar os pratos que tinham feito, cada um do seu jeito, sem regras. Também foram postando nas redes sociais e no grupo de todos os funcionários e diretoria da Kaygangue. Foi uma maneira criativa de envolvermos e agradecermos a todos os colaboradores, que formam essa grande família Kaygangue, e de não deixarmos passar em branco os 40 anos da empresa”.

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