18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho ratificou a força da “reinvenção”
Depois de dois anos, o setor gráfico paranaense esteve em festa novamente com a cerimônia de entrega dos troféus do 18º Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho, realizada no último dia 24 de junho, no Santa Mônica Clube de Campo, em Colombo, região de Curitiba. Em uma festa com cerca de 300 participantes, foram premiadas 18 empresas, que concorreram em 69 categorias. O prêmio ratificou uma máxima que vem acompanhando a indústria gráfica nos últimos anos: empresas que se reinventam constantemente superam melhor as adversidades, como a pandemia do coronavírus. Não por acaso, as cinco maiores ganhadoras de troféus dessa edição têm em comum investimentos recentes em equipamentos e em novas tecnologias com objetivo de se diferenciarem no mercado.
Midiograf, com 12 troféus, Grupo Corgraf, também com 12 (Corgraf 11 e Flink Print 1), Belton (10), Malires (10) e Grupo Hellograf com 7 troféus (Hellograf 6 e Hello-Graf 1), foram os maiores vencedores. “São empresas que investem muito, que fazem diferente e que buscam a inovação, o que acaba refletindo diretamente na qualidade do que oferecem ao mercado. Consequentemente, aumentam as chances de terem o reconhecimento disso em forma de troféus no Prêmio Oscar Schrappe”, avaliou Edson Benvenho, presidente do Sigep/Abigraf-PR (Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná e Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Abigraf Regional Paraná), entidades organizadoras da premiação.
Benvenho fala com propriedade porque é diretor da Midiograf, que, pela primeira vez, alcançou 12 conquistas na mesma edição. “Desde 2012 estamos investindo pesado em equipamentos e em melhorias na gestão da empresa. Em 2019, buscamos equipamentos para área de embalagem. Com a pandemia, os produtos neste segmento fizeram a diferença para manter a Midiograf forte. Inclusive, três dos troféus que ganhamos no Prêmio Oscar Schrappe foram em categorias de embalagens”.
Filosofia de inovação
Para o diretor da Corgraf, Andre Linares, a filosofia de inovação e reinvenção da empresa foi a responsável pela pandemia praticamente não ter impactado os resultados da gráfica. “Sempre procuramos nos reinventar e, com isso, vínhamos agregando aos poucos a cartonagem ao portfólio. Quando surgiu a pandemia, percebemos rápido o crescimento que essa área iria ter e intensificamos os processos de produção e venda. O resultado é que em 2020, em plena pandemia, crescemos 33% por conta da cartonagem, já que o segmento promocional estava muito parado. Agora vislumbramos que a cartonagem será, em pouco tempo, responsável pela maior parte do faturamento da Corgraf”.
Na Malires, o “olhar diferente” para os produtos vem sendo, na opinião do diretor Wagner Linares, o propulsor do crescimento no mercado e dos bons resultados no Prêmio Oscar Schrappe Sobrinho. “Trabalhamos muito forte com os clientes o desenvolvimento de materiais impressos com alto valor agregado e com acabamentos especiais, sempre buscando um olhar diferente para valorizar os produtos. Isso nos deu, por exemplo, troféu na categoria rótulos em autoadesivo com efeitos especiais, que conseguimos produzir por conta dos investimentos que fizemos em equipamentos em 2019 e em 2020”.
A reinvenção foi a responsável pela manutenção da saúde financeira da Belton nos últimos dois anos. Com a maioria dos clientes ligada a eventos, como congressos, o diretor Luciano Szurmiak viu os pedidos minguarem a quase zero com a pandemia. “Sem clientes e com prestação de máquina para pagar, nos reinventamos e passamos a produzir face shields, que venderam muito como aliadas na proteção ao coronavírus. Isso nos salvou e mostrou que sempre há uma oportunidade na crise. E o melhor ainda é que esse produto nos rendeu o troféu no Prêmio Oscar Schrappe como inovação e complexidade”.
As oportunidades do período pandêmico também foram aproveitadas na Hellograf. O diretor Abilio de Oliveira Santana afirmou que os investimentos recentes em equipamentos para embalagem permitiram à empresa atender clientes que viram disparar os pedidos de delivery. “Uma das nossas reinvenções recentes foi ingressar de forma mais forte no mercado de embalagens e isso trouxe resultados significativos na pandemia no atendimento aos deliveries. Também temos atuado intensivamente no nicho de produtos com alto valor agregado em pequenas tiragens, como catálogos imobiliários, que nos dá margens de lucro maiores”.
Indústria em transformação
Para o vice-presidente da Abigraf Nacional, Julião Flaves Gaúna, o resultado do Prêmio Paranaense de Excelência Gráfica Oscar Schrappe Sobrinho mostra que as empresas estão antenadas com os movimentos do mercado. “A indústria gráfica vive o tempo todo em transformação, o que exige que as gráficas acompanhem esses movimentos, buscando inovação e diferenciação. A pandemia acelerou essa necessidade de transformação. Desta forma, as gráficas que fizeram a lição de casa e se prepararam estão conseguindo se manter fortes e ativas”.
Também foram premiadas as empresas Ótima (3 troféus), DeltaE (3), Quimagraf (3), Agfa (2), Inventário Papéis Especiais (1), Lisegraff (1), Rio Branco Papéis (1), Sun Chemical (1), Teletoner (1), WG (1) e Zênite Sistemas (1).
Confira as fotos: Crédito Fernando Fortes Zanon