MAX SCHRAPPE
(MAX HEINZ GUNTHER SCHRAPPE, 11.12.1932 – 05.09.2021)
Cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento de Max H. G. Schrappe, ex Presidente da Abigraf Nacional e filho de Oscar Schrappe Sobrinho, patrono de nosso Prêmio de Excelência Gráfica.
Família atuante na história do setor gráfico paranaense e de nossas Entidades (Impressora Paranaense)🙏🏻🙏🏻.
Nossos sentimentos aos familiares!
Para a grande maioria das pessoas, era apenas “Seu Max”; para falar com os agentes públicos e defender os interesses da Indústria Gráfica Brasileira, era “Sr. Max Schrappe”; para os filhos, era “Papai”; e seu espírito associativista, sua vontade de fazer diferente e sua visão empreendedora o tornaram o eterno Presidente da ABIGRAF. Era sempre reconhecido por seu legado à frente de todas as entidades da indústria. Não entrava no jogo para perder, não tinha medo de mudar e, com isso, conquistou um exército de admiradores por onde passou.
Era casado e pai de quatro filhos, descendente de uma família que há 4 gerações atua no setor gráfico. Ao longo de sua carreira como industrial, destacam-se a firmeza com que tratava de assuntos que dependem de governos, a habilidade no relacionamento com entidades representativas de trabalhadores e os excelentes resultados obtidos na luta pela privatização dos serviços gráficos desenvolvidos pelo Estado, o que lhe confere o profundo respeito de seus pares no setor e os diversos cargos e títulos recebidos.
Cursou seus estudos universitários na Faculdade Novo Ateneu, na cidade de Curitiba-PR. Nos anos de 1954 e 1955, estagiou na Alemanha, em fábricas de máquinas gráficas. Dominava fluentemente a língua alemã, além de comunicar-se nos idiomas inglês e espanhol.
Enumerar todos os cargos que Max Schrappe ocupou ao longo da sua trajetória não caberia neste boletim, mas, pela importância que tiveram, destacamos os principais.
Schrappe atuou no Conselho Consultivo da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha.
Em reconhecimento ao seu interesse e luta pelo setor, foi eleito, primeiramente, presidente da Abigraf – Associação Brasileira da Indústria Gráfica – Regional-SP (1982/86) e, na sequência, presidente do Sindigraf – Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo e da Abigraf Nacional, por várias gestões consecutivas (1986/89, 1989/92, 1992/95, 1995/98 e 1998/2001). O líder industrial exerceu, também por três gestões (1986/89, 1989/92 e 1992/95), a presidência do Conselho Diretor da ABTG – Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica, tendo sido Vice-Presidente nas gestões 1995/98 e 1998/2001.
Foi agraciado com o título “America’s Man of the Year 89” pela PAF – Printing Association of Florida – USA, por ter sido o empresário gráfico das Américas que mais se destacou por serviços em prol da indústria gráfica do continente americano.
Em 1989, foi eleito Diretor Executivo do CIESP – Centro das Indústrias do Estado de São Paulo, tendo sido um dos responsáveis pela área de marketing associativo do DES – Departamento de Expansão Social, órgão que responde pelos serviços de atendimento aos 9.500 associados da entidade. Em 1991, foi designado, pela presidência da FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, como Diretor Geral da II FEMPI – Feira de Micro, Pequena e Média Indústria.
Em novembro de 1990, representou o Brasil, como Delegado Empregador do País, na III Reunião Mundial Técnica Tripartite para as Indústrias Gráficas, realizada pela OIT – Organização Internacional do Trabalho, em Genebra, Suíça, tendo sido eleito Vice-Presidente Empregador da reunião e assumido a presidência geral na sessão plenária de aprovação das conclusões e encerramento dos trabalhos. O ano de 1990 registrou, ainda, sua posse como Coordenador do Conselho Consultivo para as Áreas Gráfica, de Máquinas e Equipamentos Gráficos e de Papel, Papelão e Celulose do Departamento Regional do SENAI – Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial – SP.
No ano de 1991, passou a integrar, por convite direto do Ministério da Economia, Fazenda e Planejamento, o Grupo 11 das CEC – Comissões Empresariais de Competitividade – no âmbito do Programa de Competitividade Industrial. Assumiu, também, como membro do Conselho Temático Permanente de Relações de Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Por sua intensa participação na comunidade gráfica como empresário, Schrappe foi eleito sucessivamente, nos anos de 1985 a 1995, “Líder Empresarial do Setor Gráfico”, pelo voto direto de todos os empresários brasileiros, no fórum do jornal “Gazeta Mercantil”. Recebeu, também, em 1989 e 1995, o prêmio “Personalidade do Ano” da ANAVE – Associação Nacional dos Homens de Vendas em Papel, Celulose e Derivados, e, em 1995, foi eleito “Personalidade do Ano”, pela Revista “Embanews”.
Em 1993, foi eleito para a 1ª Vice-Presidência da FIESP/CIESP, tendo sido, em 1995, reeleito para a gestão 1995/1998 e exercido, quando necessário, a Presidência da Casa, na representação de seu titular, Dr. Carlos Eduardo Moreira Ferreira. Coordenava substitutivamente as reuniões dos Conselhos de Ação Política (CAP), Jurídico (CONJUR) e Superior de Economia e era normalmente responsável pela recepção às delegações governamentais e empresariais de países estrangeiros que procuram, por meio da FIESP/CIESP, interface com a indústria brasileira.
Em novembro de 1995, participou da cerimônia que homenageou os líderes empresariais eleitos na votação promovida pela revista “Balanço Anual 95/96”, quando recebeu diploma pela importância de sua liderança, em Curitiba-PR. Em dezembro de 1995, foi empossado como Membro do Conselho Deliberativo da ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas, em São Paulo – SP.
Em fevereiro de 1996, foi eleito e empossado 2º Vice-Presidente da ABRE – Associação Brasileira de Embalagem, em São Paulo – SP, cargo que ocupou até março de 2000, quando assumiu, como Membro do Conselho Representativo, a área de Embalagens de Papel.
Em dezembro de 1997, por ocasião da inauguração do Centro Técnico da ABTG, foi homenageado com a designação de seu nome para o auditório da entidade, em São Paulo – SP.
Em 04 de junho de 1998, assumiu a presidência da FIESP/CIESP, na gestão 1995/1998. Até seu falecimento, foi Vice-presidente e Membro Representante da FIESP – Federação das Indústrias no Estado de São Paulo, junto ao Conselho de Relações do Trabalho e Desenvolvimento Social da CNI – Confederação Nacional da Indústria.
Foi Presidente do Conselho Regional do SENAI-SP, eleito em outubro de 1998, tendo sido, ainda, membro da CATA – Comissão de Apoio Técnico Administrativo do SENAI Nacional.
Em setembro de 1999, lançou seu livro “O Gargalo do Liberalismo”, editado pela Makron Books do Brasil, em que analisa, por meio de 64 dos cerca de 900 artigos de sua autoria publicados pela grande imprensa brasileira no período 1989/99, os fatos políticos e econômicos que marcaram a conjuntura do país na década antecedente.
Em novembro de 1999, foi eleito e empossado como Vice-Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica, tendo sido indicado para Presidente do CIFAG – Círculo Ibero-Americano de Formação em Artes Gráficas, órgão responsável na entidade pelo desenvolvimento da capacitação e aperfeiçoamento técnico de instrutores e profissionais gráficos do continente.
Em novembro de 2001, foi eleito e empossado como Presidente da CONLATINGRAF – Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica.
Só nos resta aqui, portanto, agradecer ao Max, por tudo que nos ensinou e nos deixou como legado, e ratificar nosso compromisso de dar continuidade aos seus ensinamentos, que, sem dúvida nenhuma, tornam o nosso setor muito mais unido e forte.