A exemplo do que vinha acontecendo antes da pandemia, o Sigep/Abigraf-PR receberam novamente, no último dia 27 de outubro, uma etapa do Fespa Fórum, evento organizado pela APS Eventos Corporativos para disseminar conhecimento sobre impressão digital no Brasil. O encontro foi comandado pelo diretor da APS, Alexandre Keese, que falou aos convidados sobre “A impressão na era digital – a perfeita sinergia entre tecnologia e impressão”.
A abertura do encontro foi feita pelo novo presidente eleito do Sigep/Abigraf-PR, Marcos Dybas, que aproveitou para apresentar as entidades aos participantes e para informá-los sobre os benefícios de se associarem. Dybas também reforçou a importância das parcerias com os patrocinadores, entre eles a APS Eventos Corporativos, e lembrou que a sede das entidades está sempre de portas abertas para palestras, workshops, seminários, apresentação de produtos etc.
Alexandre Keese explicou que a Fespa Fórum faz parte das ações de divulgação da Fespa Brasil, principal evento do mercado de impressão e comunicação do Brasil e que terá próxima edição de 20 a 23 de março de 2023, em São Paulo. Antes da etapa de Curitiba, a Fespa Fórum havia sido realizada em Blumenau (SC), em 25 de outubro.
Vendas
A manhã de palestras no Sigep/Abigraf-PR começou com a diretora da Revista Grandes Formatos, Luciana Andrade, falando aos participantes sobre “Como alavancar as vendas da comunicação visual”. Luciana começou apresentando números do mercado de comunicação visual, enfatizando que são mais de 40 mil empresas no Brasil, com mais de 120 mil pessoas diretamente ligadas a este segmento.
Segundo ela, é um mercado que está sempre recebendo empresas e que, por isso, quem já está atuando precisa se diferenciar. “Surgem muitos concorrentes que focam em preço baixo. Alguns são até funcionários das empresas atuais, que se desligam, compram uma máquina e passam a oferecer seus serviços. Dá para afirmar que 90% das empresas fazem as mesmas coisas, atendem as mesmas agências, os mesmos clientes finais. Assim, a briga fica no preço. Quem quer se destacar precisa criar diferenciais que vão além do bom atendimento e da qualidade nos produtos”.
Luciane disse que uma das formas de criar diferenciação é na venda, em que o vendedor precisa criar relacionamento com o cliente para entender cada vez mais as suas necessidades. “Assim, ele se torna um vendedor irresistível, que encanta, que gera experiência e que bate metas”.
Em seguida, ela listou os 4 pilares para ser um vendedor irresistível:
1 – Habilidade comportamental
O bom vendedor encara a meta como um desafio a ser superado, e não como uma dificuldade. Ele sabe se comunicar e entende a necessidade do cliente para oferecer a melhor solução possível.
2 – Conhecimento técnico
O vendedor tem que conhecer o processo de impressão, conhecer dados técnicos e características dos produtos. Assim, fica mais fácil oferecer as soluções que o cliente precisa. Por isso, o vendedor precisa estudar, visitar feitas, se atualizar.
3 – Estratégias precisas
Tem que ter estratégias para prospecção e geração de recorrência, separando a carteira de clientes por margem de lucro. Assim, não perde tempo com cliente que não dá resultado.
4 – Conhecimento da mente do cliente
O vendedor que entende como funciona a mente dos clientes vai transformar suas vendas. Conhecer os estados emocionais vai fazer o vendedor saber lidar com clientes inseguros e saber o que dizer para incentivar o fechamento da venda.
Reflexão
Alexandre Keese começou sua apresentação sobre “A impressão na era digital – a perfeita sinergia entre tecnologia e impressão” dizendo que o objetivo era gerar reflexão nos participantes. Ele fez uma retrospectiva do processo de impressão, desde as artes gráficas até chegar em uma era de alta tecnologia, como a de hoje. “A questão é que as tecnologias estão com os ciclos cada vez mais curtos. Antes, algumas delas eram atualizadas com sete, dez anos, e hoje essa atualização é feita em seis meses”.
Essa constante evolução, segundo Keese, chegou a um ponto em que a impressão na era digital traz aplicações que não se imaginava possível tempos atrás, como em vidro, cerâmica e em outros substratos. “A tecnologia avançou muito. Ela tem impacto em tudo o que fazemos”.
No entanto, Keese ponderou que hoje se tem uma nova mentalidade, em que o ser humano é a parte fundamental, pois é ele quem vai enviar a mensagem e é ele quem vai receber a mensagem. “A tecnologia é apenas o facilitador”.
Neste cenário, Keese abordou que é preciso entender as necessidades do ser humano. Para isso, ele exemplificou como as diversas gerações pensam e agem. “Temos a geração Z, por exemplo, com pessoas hoje de 12 a 27 anos. Muitas delas já são consumidoras em vários segmentos, mas com uma forma toda própria de consumir, de comprar, de se relacionar, pois nasceram nas redes sociais. Não dá para querer vender para uma pessoa de 25 anos hoje como se vende para alguém de 50 ou 60 anos. Uma pessoa de 25 anos quer falar pelo WhatsApp e não pelo telefone”.
O diretor da APS afirmou que muitos empresários pecam por querer ir contra os movimentos. Segundo ele, é preciso se adaptar e entender a melhor forma de oferecer produtos e soluções. Muitas vezes, disse, em vez de promover a gráfica, é preciso promover os seus produtos e serviços, pois é assim que as novas gerações buscam quando precisam.
Alexandre Keese encerrou sua palestra ressaltando que o mercado digital abre novas oportunidades, mas elas precisam ser conquistadas com personalização, customização produção sob demanda e novas versões dos mesmos produtos. “São vários processos para o empresário explorar dentro da sua empresa ou até mesmo abrir novas frentes de negócio”.
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